No Brasil, temos o maior sistema gratuito e universal de saúde do planeta – o Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar de sua abrangência exemplar, esta instituição carrega consigo um longo histórico de mau atendimento.
Os planos de saúde privados, por outro lado, alcançam apenas 24,5% da população nacional segundo dados de 2021. Ter acesso ao sistema de saúde privado, inclusive, é uma aspiração do cidadão brasileiro. De acordo com pesquisa realizada pelo Ibope, o serviço é o terceiro maior desejo de consumo da população nacional, logo após educação e da casa própria.
E se pudéssemos encurtar a longa distância entre saúde pública e privada? E se fosse possível democratizar o acesso à saúde através de inovação e tecnologia? Foi esta pergunta que a Nido não só fez como se comprometeu a resolver.
Para entender os detalhes deste projeto visionário, entrevistamos Marcelo Tartaro, CEO desta incrível startup de impacto socioambiental. Aqui vai um spoiler: integrações financeiras fizeram parte dessa solução desde seu berço.
SUS, abrangente mas inacessível
A população brasileira já ultrapassa 210 milhões de habitantes. Mais de 75% não têm plano de saúde particular e a imensa maioria não tem reserva financeira para imprevistos com saúde.
Como visto anteriormente, o SUS é exemplo em alcance territorial. Entretanto, a dificuldade de acesso é apontada como um dos seus maiores pontos fracos. Segundo dados apresentados pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) em 2018, a falta de recursos financeiros para o SUS e problemas na gestão administrativa e operacional são os principais vilões do sistema. Entretanto, questões como a falta de médicos e a dificuldade para marcar ou agendar consultas, cirurgias e procedimentos completam o topo do ranking.
Brasil, um dos maiores mercados de cuidados pessoais
Em paralelo ao circuito de consultas médicas públicas ou privadas, existe um imenso mercado de higiene, beleza e cuidados pessoais como academias, estúdios, nutricionistas, cabeleireiros, estéticas e manicures. Segundo a Forbes, o Brasil é o quarto maior mercado de beleza e cuidados pessoais do mundo, atrás apenas de EUA, China e Japão.
Além disso, a alimentação adequada e exercícios físicos estão entre as principais ferramentas para a prevenção de doenças crônicas como diabetes, câncer e doenças cardiovasculares – que são responsáveis por mais de 70% das mortes no mundo. Com esta perspectiva, fica fácil compreender porque a prevenção de doenças crônicas não-transmissíveis está dentre as prioridades de saúde para Organização Mundial de Saúde (OMS).
Nido, uma startup de impacto socioambiental
A startup brasileira Nido foi criada com o objetivo de promover bem-estar, unindo saúde física, mental, emocional e até mesmo financeira.
O aplicativo da empresa é a porta de entrada para uma rede de fornecedores de saúde e bem-estar, cobrindo primeiros cuidados como agendamento de consultas e exames, saúde integrativa, cuidados pessoais e, inclusive, cuidados com pet.
A missão deste projeto é criar um sistema de saúde e bem-estar acessível, preventivo e com alta qualidade. A iniciativa beneficia a população, as clínicas, os médicos e todos os profissionais de cuidados pessoais locais que, agora, contam com um meio oficial e integrado para ofertar seus serviços.
Contemplar todas as classes sociais é uma das premissas da companhia. O sistema da Nido é projetado para colaborar com a gestão pública, conectando de forma gratuita a população que utiliza o SUS. Por meio de acordos com as Secretarias Municipais de Saúde, a Nido reestrutura o modelo de atendimento ofertado ao cidadão. Nestas localidades, o usuário consegue solicitar, através do aplicativo, agendamento de exames e consultas sem necessidade de se deslocar e enfrentar filas presenciais. Consiste em um novo canal direto de comunicação dos agentes de saúde e médicos com a população.
Ao baixar o app, o usuário do SUS tem acesso não apenas ao serviço público como também à rede credenciada particular. O usuário tem a oportunidade de conhecer serviços que antes pareciam inatingíveis.
Marcelo Tartaro, CEO da Nido, é otimista em sua perspectiva. “Temos vários municípios com termo de adesão já assinado. Enxergamos 200 mil pessoas na plataforma em 2022”, afirma ele. “Estamos conversando com municípios cuja soma populacional ultrapassam, na sua totalidade, 1 milhão de habitantes”, complementa Tartaro.
Infraestrutura financeira na medida certa
Para garantir a credibilidade da plataforma, a Nido precisa garantir a segurança tanto de quem consome os serviços quanto de quem os oferta. A troca de valor deve ser efetivada mediante a satisfação de ambas as partes.
Para atender a esta necessidade, o mercado utiliza uma solução chamada Conta Escrow. Neste modelo, o comprador faz o pagamento ao agente intermediário e o vendedor entrega seu produto ou serviço. A transação é concluída apenas se tudo estiver de acordo, garantindo segurança para os envolvidos.
Para realizar esta dinâmica, a plataforma deve oferecer uma conta digital para cada uma das partes, comprador e vendedor, a fim de garantir a transferência dos recursos com segurança. A maneira mais econômica e enxuta de criar esta estrutura de contas com depósito via Pix é por meio do BaaS (Banking as a Service) no modelo SPI (Sistema de Pagamento Instantâneo).
“Consultamos várias soluções do mercado”, comenta o executivo da Nido. “Entretanto, para muitos fornecedores, principalmente os maiores, você acaba sendo só mais um. Na Atar B2B, tive um atendimento próximo e colaborativo“, ressalta ele. Tartaro afirma ainda ter encontrado no mercado muitas soluções empacotadas e rígidas que eram desproporcionais às suas necessidades, diferente da flexibilidade encontrada na Atar B2B.